sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Amor a primeira leitura

"Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam."

"- Eu estou apaixonado por você – ele disse, baixinho.                                                  - Augustus – falei.                                                                                                               Eu estou – ele disse, me encarando, e pude ver os cantos dos seus olhos se enrugando. – Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro. Estou apaixonado por você, e sei que o amor é apenar um grito no vácuo, e que o esquecimento é inevitável, e que estamos todos condenados ao fim, e que haverá um dia em que tudo o que fizemos voltará ao pó, e sei que o sol vai engolir a única Terra que podemos chamar de nossa, e eu estou apaixonado por você."

"Esse é o problema da dor – o Augustus disse, e aí olhou para mim. – Ela precisa ser sentida."


"Acredito que o universo quer ser notado. Acho que o universo é, questionavelmente, tendencioso para a consciência, que premia a inteligência em parte porque gosta que sua elegância seja observada. E quem sou eu, vivendo no meio da história, para dizer ao universo que ele, ou a minha observação dele, é temporária?"


(trechos) John Green - A Culpa é das Estrelas



quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Leveza



Talvez pensem que ela é rasa. Só porque ri de piada sem graça?
Talvez ela seja uma boba, pelo riso fácil. Só porque ela vê graça na vida?

É que ela gosta de leveza. 
E quando começa a ficar pesado, esquece, vai embora.
Não gosta de "talvez", "um dia", "quem sabe". Ela gosta do hoje. Ela gosta do agora.
Ela se permite. Ela já prometeu a si mesma: não vai mais pensar "e se?". 

Sai pra la com esse negócio de "amanhã".
Ela quer ver o pôr do sol na praia e, ao mesmo tempo, quer ver o amanhecer. Porque não ao mesmo tempo? Que maravilhoso seria.  
Ela queria estar aqui e ali e que o tempo a permitisse tudo ao mesmo tempo.

Mas quem é que vai com ela?
É legal a bobeira a dois, aquela que quem olha sente uma pontinha de inveja, porque queria ser bobo também. 
Pra quem for com ela, não diga "talvez possamos ir amanhã". 
Pra quem for com ela, um "estou aqui" até que cai bem.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Deixa a menina



De vez em quando ela tem vontade de escrever.. E ela não vai se preocupar se abusar das reticências..... É que elas estão na vida dela.. E também não vai se preocupar com o excesso de parênteses (mas nao vai ser sempre.... Mas agora foi sem querer).
O que importa? Ela é que não vai se preocupar.
Ele a disse  em outras palavras: "é o encerramento de um ciclo". Não sei se fico triste por eles. Talvez eu me alegre. 
Afinal, aquele a quem ela quer tão bem está indo pra superfície. Finalmente, o seu querido vai respirar. Seu coração se conforta por ele.
Enquanto ele sobe em busca do ar, ela fica querendo mergulhar.
É que ela tem essa coisa profunda de querer se aprofundar... E, mas uma vez, ela se desculpa pela redundância... E pelas reticências.
Mas por que será que o desconhecido tem tanto medo de se deixar mergulhar? 
Ela  quer  conhecer o que tem la no fundo. Será que existe algo lá?
Deixa a menina explorar o que há de bonito em você, desconhecido. 
Deixa a menina. Mal nenhum vai fazer. 
O pior que pode acontecer é ela sair de mansinho a procura do ar.

Mas ai dela se encontrar amor. Nunca mais ela respira.